Assistindo ao noticiário, em meio a tanta notícia devastadora sobre essa pandemia que assusta e devasta o mundo, alguém falou do canto dos pássaros...
No centro da cidade, agora quase deserto, os pássaros voltaram a cantar. Ou melhor, nós voltamos a ouvi -los. Porque eles sempre estiveram lá. Mas nós, em meio ao barulho dos grandes centros e à correria do cotidiano, deixamos de observar as coisas simples que temos de graça: o calor dos raios do sol que aquece nossa pele, o vento que bagunça nossos cabelos, a chuva que lava a cidade, o canto dos pássaros que alegra as manhãs...
O planeta vai ter um tempo para respirar. O ar está mais limpo sem carros circulando, as fábricas paradas não poluem os rios, o comércio fechado diminui a quantidade de lixo que o ambiente recebe. As pessoas, reclusas em seus lares, recolhem-se muitas vezes à solidão.
Agora também teremos um tempo para acalmar nossos corações e olhar para dentro de nós. Fazia tempo que eu não parava para respirar, olhar nos olhos do meu amor, admirar o sorriso da minha Sofia. Acho que estamos recebendo uma segunda chance de dar valor à presença de nossos pais, ao abraço amigo, ao toque das mãos. À liberdade de ir e vir, ao trabalho que nos sustenta, à companhia de quem nos faz bem. De ouvir o canto dos pássaros.
Hoje que somos os pássaros presos em gaiolas, percebemos o valor da liberdade... Que quando essa liberdade nos for dada novamente, libertemos os pássaros esgaiolados e cuidemos mais do nosso planeta. Estamos recebendo uma segunda chance de agradecer a vida que Deus nos deu.
Que dessa vez, saibamos usá-la com sabedoria.
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